Escolher uma boa gráfica é essencial para garantir a qualidade dos seus materiais gráficos.
Mas tomar alguns cuidados durante a criação dos seus arquivos é igualmente importante para não ter nenhuma surpresa na hora de retirar seus impressos.
O site designerd preparou um post especial com 7 erros de produção gráfica imperdoáveis. É para você conhecer e passar longe deles!
1. Exportar o arquivo em RGB
Os pixels são o menor elemento em um dispositivo de exibição (telas, por exemplo) ao qual é possível atribuir uma cor e são formados pela junção de quatro elementos: o vermelho (Red), o verde (Green), o azul (Blue) e a transparência (Alpha). Enquanto na impressão, os quatro elementos são o ciano, o magenta, o amarelo e o preto (CMYK). Logo, arquivos digitais devem ser convertidos para CMYK antes de serem impressos.
Porém, a conversão será feita automaticamente pela impressora caso a saída do arquivo não for definida para o modo de cor correto, o que pode gerar alterações de cor no material. Portanto, o mais indicado é criar os arquivos já em CMYK ou converter manualmente antes de enviá-los para impressão.
2. Enviar o arquivo com 72 DPI
A resolução de um arquivo pode ser definida em PPI ou DPI. O primeiro refere-se ao número de pixels por polegada e é uma medida digital, o último especifica a quantidade de pontos por polegada (Dots per inch) e é utilizado para impressão.
Para garantir a qualidade e evitar impressos com a imagem “pixelada” (quadriculada), o ideal é criar arquivos com 300 DPI de resolução. É importante frisar, no entanto, que não basta aumentar a resolução do arquivo para 300 DPI depois que ele já tiver sido desenvolvido, mas criá-lo com a resolução indicada.
3. Deixar o preto em C100 M100 Y100 K100
O preto em RGB é mais forte do que o preto em CMYK. Portanto, para que a cor não fique com a aparência acinzentada na impressão, o correto é deixar o preto (K) em 100% e calçá-lo com 30% de ciano (C) ou balancear as cores, deixando a soma da intensidade delas em até 320%. 75% de ciano, 68% de magenta, 67% de amarelo e 90% de preto é uma boa mistura.
Embora deixar todas as cores em 100% ofereça um preto mais forte, há o risco de criar bolhas de tinta durante a impressão em decorrência do excesso de cor aplicada. Por isso, o melhor é apostar nas outras alternativas, ok?
4. Não colocar sangria no arquivo
Arquivos sem sangria correm um risco enorme de perderem informações durante o refile ou, ainda, de ficarem com rebarbas brancas, impactando a qualidade final do material. Mas evitar esses problemas é simples. Basta criar o arquivo com 5 milímetros de sangria para cada lado. Fácil, não?
5. Não converter textos em curvas ou contornos
Nem sempre a gráfica contratada possui a fonte que você utilizou nos seus arquivos instalada. Por isso, é fundamental converter os textos em contornos ou curvas, no Illustrator e no Corel respectivamente. Dessa forma, o texto passará a ser uma ilustração e não há o risco de perda de fonte durante a transferência do arquivo. Por esse mesmo motivo, deixe uma cópia do arquivo original salva em seu computador, caso necessite fazer mudanças de informações no futuro.
6. Descuidar-se das sombras e transparências
Transforme os locais em que há transparências, texturas, sombras e outros efeitos em uma imagem bitmap, só então exporte o arquivo para PDF. Caso contrário, há o risco dessas áreas ficarem com erros após o fechamento do arquivo devido ao excesso de informações. Porém, não deixe de salvar uma cópia do arquivo original em seu computador, em caso de necessidade de mudanças. Pois, da mesma forma que acontece com os textos, não é mais possível editá-las após a conversão.
7. Usar o perfil de cor incorreto
O perfil de cor é um arquivo que faz os cálculos necessários para mostrar as cores da imagem da maneira correta, principalmente durante a conversão de RGB para CMYK.
Cada monitor é calibrado com um perfil de cor, assim como cada impressora tem o seu próprio. Por isso, para o arquivo ser impresso com a cor mais fiel possível, o ideal é manter a opção de “incorporar o perfil de cores” selecionada ao exportar o arquivo para PDF.
Seguindo essas dicas, você evita surpresas e garante a qualidade de seus materiais impressos.